Um agricultor aposentado de 79 anos afirma ter sido atacado por um puma, também conhecido como leão-baio, no domingo (4), na localidade de Pedra de Amolar, na zona rural de Maquiné, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A vítima, Darci Pelisser, sofreu ferimentos no rosto, no braço esquerdo e na mão direita.
Darci contou que cria gado na região e que os animais haviam escapado da propriedade. Ao procurá-los, acompanhado de seu cachorro, avistou o que pensava ser um tatu. Ao se aproximar, percebeu que era um animal de grande porte e ordenou que o cachorro fosse em sua direção. O puma atacou o cão e, em seguida, avançou contra o idoso.
"Vi que era um bicho grande, mandei o cachorro pegar, e ele veio no cachorro. O cachorro gritou e saltou para trás, aí ele veio no meu braço", relatou Darci. Apesar dos ferimentos, ele recebeu atendimento médico e passa bem. O cachorro não ficou ferido.
O animal não foi mais visto desde o ataque. Equipes do Comando Ambiental da Brigada Militar foram deslocadas para o local e fazem buscas na região. A área é montanhosa e coberta por mata nativa, o que pode dificultar a localização do animal.
Segundo o Comando Ambiental, ataques de pumas são considerados raros no estado. A hipótese principal é de que o felino se sentiu ameaçado e reagiu. O órgão também informou que outras instituições ambientais foram acionadas para acompanhar o caso e avaliar os riscos para os moradores da região.
O puma, também chamado de onça-parda ou suçuarana, é o segundo maior felino das Américas. Pode pesar até 70 quilos e vive em biomas como a Mata Atlântica e o Pampa. Sua pelagem varia entre tons de bege e avermelhado, e ele pode ser visto tanto de dia quanto à noite.
As autoridades pedem que, ao avistar um animal silvestre de grande porte, a população mantenha distância e acione imediatamente o telefone 190 ou o Batalhão Ambiental mais próximo.